RESPOSTA AO PLEBISCITO DA ADUFG: ESTAMOS EM GREVE!
comunicado nº 004
Greve Docente na UFG
Comando Local de Greve de Goiânia
11/06/2012
Comando Local de Greve de Goiânia
11/06/2012
Nos últimos dias tem sido alimentada a dúvida e a insegurança quanto à validade da greve. Em resposta, o Comando de Greve vem por meio reafirmar que, com plebiscito ou sem plebiscito,
sim, estamos em greve!
O direito de greve é um direito que se exerce na forma da lei e, conforme a argumentação jurídica apresentada no Comunicado 003 deste Comando, todas as formalidades legais foram rigorosamente cumpridas para efeito da deliberação da deflagração da greve. A greve é legítima e, com efeito, já está em andamento. A Assembleia Geral é tradicionalmente o instrumento mais legítimo para esse fim, porque atende a duas condições fundamentais. A primeira é assegurar voz e voto ao não sindicalizado tanto quanto ao sindicalizado — porque o direito de greve não pertence ao sindicato mas ao trabalhador e é, portanto, direito de todos, sem exceção. A segunda condição é a de acolher o contraditório e promover o debate que conduz à deliberação conjunta — porque o direito de greve, embora pertença a todo trabalhador, só se exerce coletivamente, sendo necessária uma convergência de opiniões e de objetivos. Mas a diretoria da ADUFG não reconhece nenhuma dessas condições, e por isso provocou toda a confusão da última assembleia, ao tentar excluir do processo os professores não filiados, e ao negar o direito de fala até mesmo aos filiados, recusando inclusive questões de ordem e desligando primeiro um microfone, depois toda a aparelhagem de som.
E ainda agora permanece surda a centenas de professores que desejam a greve, e mais uma vez foge do debate aberto, convocando um plebiscito que não foi aprovado em nenhuma assembleia e, pior que isso, que contraria a decisão de uma assembleia anterior, presidida por eles mesmos na sede da ADUFG, que deliberou que o indicativo de greve seria apreciado em assembleia subsequente. Talvez pareça a alguns que a diretoria da ADUFG teme o vandalismo de uma assembleia, mas há razões mais mundanas para tal linha de ação. O plebiscito permite à diretoria nos impor, sem que possamos reagir, o mesmo que sem sucesso tentou nos impor na Assembleia Geral do dia 06/06 — porque o plebiscito suprime o debate muito mais radicalmente do que desligar os microfones, e porque o plebiscito exclui os não sindicalizados com muito maior eficácia do que a humilhação pública. Numa Assembleia podemos gritar ainda sem microfones, e podemos permanecer sentados, ainda que nos expulsem.
Mesmo assim, com tranquilidade, o Comando de Greve renuncia ao boicote, e não incitará a recusa do plebiscito. Que seja o plebiscito — podemos até participar dele. Porque não importa que a diretoria da ADUFG pense que nos silencia: estamos em greve, e estaremos em greve depois do plebiscito. Nossa única resposta será a nossa mobilização na luta por nossos direitos ameaçados — luta que para a diretoria da ADUFG parece não ser minimamente prioritária.
Assim, o Comando de Greve convida a todos para dar conosco essa estrondosa resposta, comparecendo em massa à próxima Assembleia Geral, para debater com franqueza os rumos da greve e da negociação com o governo.
Todos à Assembleia Geral
quarta-feira, dia 13/06 às 14h, na Faculdade de Ciências Sociais
quarta-feira, dia 13/06 às 14h, na Faculdade de Ciências Sociais
Comando de Greve
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