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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ofício à diretoria da ADUFG - 15/06

OFÍCIO  nº 01
Greve Docente na UFG
Comando Local de Greve de Goiânia
15/06/2012

À Diretoria da ADUFG – Sindicato.
A opinião pública nacional já entendeu claramente, e até o governo já captou o recado: os professores das Instituições Federais de Ensino estão insatisfeitos — muito insatisfeitos.  A comunidade universitária da UFG não pode negar que entre nós a situação não é diferente: no mesmo dia 13 de junho, dois eventos rivais — uma assembleia reunindo mais de 300 profes­sores e um plebiscito com mais de 800 participantes — confirmaram a vontade geral de fazer greve.  Uma vontade poderosa que, pelo que se pode inferir da expressividade destes resulta­dos, não cederá graciosamente ao primeiro obstáculo.
Estamos diante da oportunidade histórica de uma grande efetividade do movimento na luta por melhores condições de trabalho, entre outras demandas, não só no plano nacional, mas também localmente.  Mas estamos também diante de um grande risco: cindir irremediavel­mente e de modo duradouro a nossa base sindical na UFG, num momento em que os problemas que nos afligem em relação ao nosso futuro não advêm das desavenças entre nós, mas das condições tanto postas quanto propostas para o nosso trabalho e para a vida acadê­mica em geral.
Em vista disso, e em benefício da unidade do movimento grevista (no curto prazo) e do movi­mento sindical (no médio prazo) da UFG, o Comando Local de Greve, ratificado na assem­bleia do dia 13 de junho, decidiu nomear uma Comissão de Negociação com poderes para propor à Diretoria da ADUFG–Sindicato e com ela negociar os termos de uma convocação conjunta de assembleia a se realizar na próxima quinta-feira, dia 21 de junho.  Se tivermos a grandeza de superar os atritos havidos para unir forças com as centenas de colegas que já estão mobilizados nesta Universidade, e que não esperam e nem merecem ser divididos em plena luta, teremos todos a possibilidade de colher os frutos; caso contrário, corremos o risco de nos desgastarmos reciprocamente e perder o bonde, sendo deixados para trás por essa força nova que emerge da base, que avança e que não quer se deixar deter por nada.
Atenciosamente,
Comando de Greve

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