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sábado, 28 de julho de 2012

A greve nacional e o seu porque... Seus?
















8 comentários:

  1. Não conheço Paulo Sesar Pimentel, que assina a análise divulgada, mas quero destacar que nitidamente a proposta que ele critica não é a última proposta negociada com o governo, e além disso, alguns pontos colocados por ele não são, a meu ver, a verdade dos fatos. Vejamos:
    No ponto 2) "Por que a greve continua?", os 4% foram retroativamente a março de 2012, e não saíram em março de 2012 (saíram no dia 15 de maio de 2012), devido ao “empacamento” do PL no congresso desde setembro de 2011.
    Do ponto de vista financeiro a proposta repõe as perdas inflacionárias (considerando os cálculos do DIEESE, http://www.dieese.org.br/) até junho de 2012 e previsão futura de inflação de 5% ao ano. Nossa luta nunca termina, devemos sempre estar atentos aos rumos da economia e do governo (atual e próximo).
    No ponto 3) “Mas e o aumento de 45% oferecido aos professore?”, ficou claro que a proposta tem um aumento mínimo de 25% e máximo de 45%, valorizando os doutores com dedicação exclusiva. Com relação aos titulares, não é necessário fazer outro concurso uma vez que a proposta inclui o cargo de titular na mesma carreira, passando esta a ser o último nível acessível a todos os docentes com doutorado. Além disso, mantém um cargo isolado com remuneração idêntica à de titular e com limitação de 5% do quadro de professores para que seja possível atrair docentes do exterior, de notável destaque internacional, etc.
    Com relação ao item 5) “Quanto ganha hoje um professor doutor em início de carreira?”, de acordo com o portal da transparência (http://www.servidor.gov.br/publicacao/tabela_remuneracao/tab_remuneracao/tab_rem_11/tab_58_2011.pdf), o salário inicial de um professor doutor é de R$ 7.627,02 (sete mil seiscentos e vinte e sete reais e dois centavos), portanto, não é possível que alguém acredite no valor divulgado na análise no blog do CLG-GO. A proposta negociada é de que este valor aumente para R$ 8.639,50 (13% de aumento no salário do ingressante). Isso não significa que quem já recebe os R$ 7.627,02 hoje, terá só 13% de aumento, pois no reenquadramento estes passarão a receber R$ 10.007,24 (31,2% de aumento).
    Com relação ao item 6) “O que é plano de cargos e carreiras que os professores e técnicos tanto falam?”, não é verdade que um professor com doutorado levará 26 anos para chegar quase ao topo da carreira, isso é mentira, o professor com doutorado levará 19 anos para chegar a professor titular, que é o TOPO da carreira. Novamente, não é verdade que para se chegar a titular seja necessário fazer um outro concurso, o cargo de titular está incorporado à carreira e é acessível a todos os doutores.
    Enfim, é preciso uma leitura crítica de todas as análises que foram feitas a respeito da última proposta negociada com o governo e então cada um tome sua decisão de aceita-la ou não, em uma consulta ampla e democrática.

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    1. Eis a análise que tem sido referência para os estudos do CLG Goiânia. E seja bem vindo ao blog professor Marley Saraiva. Aqui nós alimentamos o debate.



      Clique aqui para ler o Comunicado Especial do CNG, ajuda a entender a proposta do governo:

      https://docs.google.com/file/d/0Bzz4VZkJH1bsZFBIWU5RMjYzem8/view?pli=1&sle=true#


      Secretaria CLG

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    2. Para alimentar o debate faço minhas as palavras do professor Gil Vicente, a seguir:
      "A carreira da ANDES é desestruturante e de péssima qualidade. Senão vejamos:
      1) Na carreira da ANDES, um doutor que ingresse na universidade (MS) levará 8 anos para alcançar o nível 5 da carreira. Isso por conta da inexistência de classes. Na carreira proposta pelo PROIFES e acatada pelo governo (em que as classes permanecem), levará apenas 3 anos, pois entrará como auxiliar 1, doutor, e, após o estágio probatório, irá para Adjunto 1, doutor. Qualquer que seja a tabela que venha a ser implantada, o docente perderá 5 anos, uma quantidade enorme de recursos e, além disso, terá um imenso prejuízo quando da aposentadoria, já que a sua média (os 80% melhores salários) será muito inferior. Os mestres serão igualmente prejudicados, pois com a estrutura de classes o professor tem a possibilidade de promoção após o estágio probatório.
      2) Na carreira da ANDES, da mesma forma, um mestre do EBTT leva 8 anos para chegar à classe DIII. Enquanto na do PROIFES, com a permanência da estrutura de classes, que o governo aceitou, leva 3 anos. Novo prejuízo para todos os docentes com mestrado e doutorado, que perdem 5 anos de progressão. Prejuízo salarial direto e prejuízo em termos de salários de aposentadoria.
      3) Quanto aos atuais aposentados que ganham equivalência salarial com classe superior (Art.192), perdem essa vantagem com o desaparecimento das classes. Outro contingente extenso de professores prejudicado.
      4) Carreira Única, então, é o que pode haver de pior para os professores do EBTT. As regras de desenvolvimento na carreira seriam as mesmas e, portanto, mestres não poderiam chegar à classe DIV, por exemplo.
      5) A inclusão da RT no VB (linha única no contracheque) tem um custo orçamentário alto e beneficia apenas pessoas com muitos anos de universidade (e muitos anuênios), que passarão a ganhar com a aplicação desses anuênios sobre a RT. Todos os professores que entraram depois de 1998 não receberão nem um tostão a mais com isso. Conclusão: o reajuste de tabela a ser dado para todos, com os mesmos recursos, será muito menor, porque parte importante do dinheiro disponibilizado será direcionada apenas para os mais antigos. Outra injustiça inaceitável na proposta da ANDES.
      6) A 'desestruturação' de que a ANDES fala, portanto, diz respeito, portanto, à falta de estética aritmética das tabelas, que não têm percentuais estabelecidos entre classes e níveis, na maior parte dos casos. Frente aos prejuízos listados acima, isso é basicamente irrelevante.
      7) Do ponto de vista salarial, não é possível qualificar como 'inaceitável' uma proposta que faz com que todos os professores tenham, em março de 2015, ganho real em relação aos salários de julho de 2010 (pico dos nossos vencimentos em 20 anos), sendo que muitos terão um ganho real importante. Isso tudo numa época de incertezas e crise internacional. Duvido - e gostaria que você me argumentasse em contrário - que outras categorias (técnico-administrativos da universidade e dos institutos, por exemplo) deixassem de aceitar uma proposta como essa."

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    3. Marley,


      se você entende por alimentar o debate pegar textos prontos de outras pessoas, sinto muito. Eu não entendo assim. Mesmo porque, aqui na UFG, o debate que foi feito sobre Carreira (na Faculdade de Educação/UFG --- com a presença do Brandão e do Schuch) deixou muito claro os papéis e os compromissos dos dois debatedores em defender o que acreditam.

      E o Gil?

      Basta olharmos aqui:


      http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalComprasDiretasFavorecidosDetalhe.asp?TipoPesquisa=2&Ano=2009&ValorTipoPesquisa=4638681441171&Valor=&textoPesquisa=gil%20vicente&idFavorecido=11324190&NomeFavorecido=GIL+VICENTE+REIS+DE+FIGUEIREDO&valorFavorecido=2479455&codigoED=20&nomeED=Outras%20Despesas%20Correntes-Aux%EDlio%20Financeiro%20a%20Pesquisadores&valorE D=2479455&codigoGD=3&nomeGD=Outras%20Despesas%20Correntes&codigoUG=154049&nomeUG=FUNDACAO%20UNIVERSIDADE%20FEDERAL%20DE%20SAO%20CARLOS&valorUG=2479455

      OU:
      Ação 6278 - Estudos para Reestruturação dos Cargos e Carreiras e de Provimento de Pessoas no Serviço Público Federal:

      veja aqui: http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalComprasDiretasPesquisaAcaoFavorecido.asp?Ano=2009&Valor=&codigoAcao=6278&codigoFuncao=04&nomeAcao=Estudos%20para%20Reestrutura%E7%E3o%20dos%20Cargos%20e%20Carreiras%20e%20de%20Provimento%20de%20Pessoas%20no%20Servi%E7o%20P%FAblico%20Federal&numValorAcao=19139608


      E, sinto muito, o Gil não é exemplo a ser seguido nem sequer utilizado, afinal, como disse o professor Flávio


      Flávio Silva flaviocamp@gmail.com
      8 jul

      para greveufg-2012-.
      Cleiry,

      O Gil fez merda mesmo. Nessa, é difícil alguém que lhe defenda. Agora, esta história já é antiga, agora por interesses voltou a tona. Agora lhe pergunto, neste nosso País quem não quer levar vantagem?, a cultura do nosso povo infelizmente é de passar os outros para trás quando tem oportunidade, tudo errado. Nas negociações com o governo, cada entidade busca preferências durante as negociações, alguns por intimidade com os dirigentes, outros por serem do mesmo partido e assim por diante. Claro que este trabalho feito pelo Gil não lhe dá crédito para negociar, no entanto, ele já não é mais o presidente do PROIFES. Só para lembrar, a ADUFG participa no GT de carreira.

      Abraço.

      Enviado via iPhone

      Flávio AS



      Saudações combativas,

      Cleiry Carvalho pelo Coisas Miúdas e Graúdas

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  2. Marley, de fato, houve modificações de uma proposta para outra, mas ficamos longe do enquadramento próximo ao MCT. Bandeira do proifes , abandonada rapidamente quando este sindicato percebeu que a última proposta beneficiaria os professores mais antigos e faria alguns remendos para os mestres. O problema maior, portanto, está nos salários de adjuntos 1, 2. Para estes a situação é péssima, pois ascender significa alguns reais a mais em cada nivel e serão no mínimo seis anos sem aumento real minimamente significativo. Tudo em função de uma carreira confusa, sem uma lógica interna e sem essa correção a greve continua, com certeza.

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  3. De fato a o PROIFES propos (bandeira dos professores) a equiparação salarial (piso e teto) com os servidores da carreira do MCT. Não conseguiu, o teto ficou maior e o piso menor. No meu ver, isso faz parte de um processo negocial (você pede A, te oferecem C, e fica acordado o B) Já com relação aos adjuntos, concordo que os steps são pequenos, mas não acredito que ficaremos 6 anos sem aumento significativo, pois isso geraria outra greve como esta. O aumento significativo devido à promoção ocorre a cada 8 anos. A proposta é essa, e mesmo com estes pontos, considero que devemos aceitá-la, uma vez que muito mais pontos positivos do que negativos. Aguardar uma proposta só com pontos positivos é utopia, isto não acontece em nenhum tipo de negociação.

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    1. O professor Tiago Zurck não conseguiu postar aqui e mandou por mensagem:


      Tiago Zurck
      Questões para reflexão e tomada de posição sobre a proposta do governo:

      a) Porque confiar no GT que o governo propõe a criar se desde 2008 ele não levou a sério o GT que discutiu a carreira. O que o levaria, saindo nós da greve, a executar de fato as discussões do novo GT?

      b) Porque o governo não quer explicitar que critérios seriam esses que definiriam e avaliariam nosso desenvolvimento na carreira?

      c) A posição do governo em afirmar que só farão parte do GT as entidades que firmarem o acordo não já demonstra a sua posição autoritária diante do processo, porque seria diferente no momento de atacar a autonomia das universidades

      d) Porque assinaríamos um cheque em branco para o governo se esse tempo vem descumprindo acordo como o de agosto de 2011 quanto aos 4% e a o GT da carreira?

      e) Porque confiar que o governo utilizará de boa-fé para com a categoria se vem pressionando com ameaças de corte de ponto? http://professoresemlutaufal.blogspot.com.br/2012/07/prezados-ao-discutir-nossa-carreira.html

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  4. Mensagem do professor Tiago Zurck



    tiago zurck
    queremos que o governo nos atenda nos seguintes pontos:
    (sugestões para encaminhamento de nossa assembléia)

    a) que o governo apresente uma proposta que leve em consideração de fato a reestruturação da carreira dos docentes e não de desestruturação ao que já temos atualmente.

    b) recusarmos a formação de mais um gt de carreira. isso já foi feito desde 2008 e o governo não tem credibilidade de propor isso novamente, pois desconsidera o que foi discutido no gt e os acordos e prazos por ele mesmo firmado em tal gt

    c) o governo retirar-se como o sujeito que irá estabelecer regras para a avaliação da progressão funcional e definir que cada ife deverá estabelecer os critérios para:
    c.1) avaliação de desempenho para fins de progressão
    c.2)promoção às classes levando em consideração os elementos da experiência acadêmica, a formação continuada e a avaliação do trabalho docente no contexto da avaliação institucional;

    nossa proposta deve ser que as regras sejam definidas por cada ife respeitando nossa autonomia; as regras homogêneas para realidades heterogêneas ferem a autonomia universitária e podem impor barreiras para a progressão do professor.

    d) apresentar imediatamente a categoria para que possamos avaliar uma proposta de quais critérios o mec pensa para:
    d.1) fixação do professor em locais de difícil lotação
    d.2)concessão do auxílio transporte
    d.3) gratificação por atividade de preceptoria e a remuneração por projetos institucionais.

    e) apresentar a categoria o planejamento de ações quanto a pauta do andes sobre condições de trabalho. não dá pra sair da greve sem um governo apresenta um planejamento, no mínimo, em que fique explicito como vai resolver os problemas advindos com o reuni (obras paradas, falta de salas de aula, concursos ...)

    f) estabelecer a data-base para os nossos salários levando em consideração a proposta do andes; não dá pra ficar fazendo greve todo ano brigando por reajustes de salários dependendo da boa vontade dos governos. temos que ter a garantia que nossos salários serão reajustados sem depender de greve ou da vontade política do governo.

    g) apresentar uma tabela que explique a relação de porcentagem lógica no desenvolvimento da carreira como garantia de reajustes salariais futuros e não valores nominais

    h) retirada do elemento de retenção do professor mestre ou doutor na classe de professor auxiliar durante o estágio probatório, permanecendo a regra como na vigente carreira.

    i) retirada das barreiras de reenquadramento para os professores associados que são doutores a menos de 17 anos

    j) dar nova redação ao termo "interstício de 24 meses de efetivo exercício em cada nível", retirando o termo "efetivo exercício em cada nível" dos períodos de 24 meses nos interstício, pois entendemos que um professor que se licencia para estudos não deve ser penalizado com a suspensão da contagem do seu interstício.

    l) retirar o teto de 5% de docentes como titulares. a nossa proposta é que a abertura de vagas para titulares não deve estar condicionada a um critério estatístico, mas, sim a critérios acadêmicos; retirar as barreiras impostas para se chegar a classe de professor titular. a chegada a classe titular não deve ser resultado de uma competição (5%) entre nós professores. http://professoresemlutaufal.blogspot.com.br/2012/07/prezados-ao-discutir-nossa-carreira.html

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