SEXTA-FEIRA, 13 DE JULHO DE 2012
Governo convoca reunião com professores em greve para hoje
Após 56 dias da greve das Instituições Federais de Educação (IFEs), o Governo convocou para hoje, às 15h, na Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Bloco “C”, sala 01, dirigentes da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (Sinasefe) e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) para uma reunião. Tudo levar a crer que será a retomada da Mesa de Negociações. No entanto, o Ofício nº 342/2012/CGNES/SRT/MP,
que convoca para a reunião e pede a confirmação do nome de quem irá representar a entidade convocada, é assinado pela Coordenadora-geral de Negociação e Relações Sindicais (CGNES/SRT), Edina Maria Rocha Lima, a mesma que recebeu a carta do Andes-SN, no Ato Público realizado dia 02 deste mês, quando o titular da Secretaria, Sérgio Mendonça, se negou a receber os professores. Ao que tudo indica, os últimos atos realizados pelo Andes-SN, o Ato Público com “Café da manhã”, em frente ao prédio onde ocorrerá a reunião de hoje, acontecido dia 02/07, e o Ato formal de protocolização da “Carta aberta à presidenta Dilma”, realizado dia 11/07, surtiram efeito. Pelas últimas movimentações do Governo, porém, é necessário manter a prudência, principalmente porque até o ofício de convocação da reunião de hoje não foi assinado pelo titular da Secretaria das Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, e sim pela sua auxiliar, Edina Lima. Percebi um clima de euforia entre alguns colegas professores e professoras, bem como a própria comunidade que me segue nas redes sociais como se a simples marcação da primeira reunião com o Governo significasse o “fim da greve”. É preciso que fique bem claro uma coisa: não se decreta o fim de uma greve, de nenhuma monta, muito menos uma greve do tamanho da nossa, na primeira reunião. Outra coisa: o Governo pode, mais uma vez, apenas enrolar os dirigentes do Andes-SN e não apresentar nada de novo. Só para refrescar a memória dos nossos colegas professores e professoras, as duas últimas vezes que o Andes-SN conseguiu alguma interlocução com o Governo foi pare receber um pedido de trégua. Pelas últimas mexidas do Governo neste tabuleiro é pouco provável que haja alguma novidade para hoje. Mais grave que isso, porém, é surgir uma proposta que, inicialmente, possa provocar comemorações por parte de alguns, no entanto, ser uma estaca enterrada no coração do Andes-Sn e da greve. Não é segredo para ninguém que existe uma relação pra lá de incestuosa entre o Governo Federal e a Proifes-Federação. Qualquer proposta que fale apenas em reposição salarial ou, por exemplo, equiparação aos salários do Ministério da Ciência e tecnologia, sem que se toque nos outros pontos da pauta do Andes-SN (condições de trabalho e carreira de professor federal) é uma armadilha para rachar unidade da categoria e do movimento, encostar o Andes-SN nas cordas é grudar a pecha de “radical” no sindicato e em todos nós que lutamos por remuneração digna combinada com condições de trabalho. Há que se ter muita calma para não comemorar um golpe de morte em nós mesmos.
que convoca para a reunião e pede a confirmação do nome de quem irá representar a entidade convocada, é assinado pela Coordenadora-geral de Negociação e Relações Sindicais (CGNES/SRT), Edina Maria Rocha Lima, a mesma que recebeu a carta do Andes-SN, no Ato Público realizado dia 02 deste mês, quando o titular da Secretaria, Sérgio Mendonça, se negou a receber os professores. Ao que tudo indica, os últimos atos realizados pelo Andes-SN, o Ato Público com “Café da manhã”, em frente ao prédio onde ocorrerá a reunião de hoje, acontecido dia 02/07, e o Ato formal de protocolização da “Carta aberta à presidenta Dilma”, realizado dia 11/07, surtiram efeito. Pelas últimas movimentações do Governo, porém, é necessário manter a prudência, principalmente porque até o ofício de convocação da reunião de hoje não foi assinado pelo titular da Secretaria das Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, e sim pela sua auxiliar, Edina Lima. Percebi um clima de euforia entre alguns colegas professores e professoras, bem como a própria comunidade que me segue nas redes sociais como se a simples marcação da primeira reunião com o Governo significasse o “fim da greve”. É preciso que fique bem claro uma coisa: não se decreta o fim de uma greve, de nenhuma monta, muito menos uma greve do tamanho da nossa, na primeira reunião. Outra coisa: o Governo pode, mais uma vez, apenas enrolar os dirigentes do Andes-SN e não apresentar nada de novo. Só para refrescar a memória dos nossos colegas professores e professoras, as duas últimas vezes que o Andes-SN conseguiu alguma interlocução com o Governo foi pare receber um pedido de trégua. Pelas últimas mexidas do Governo neste tabuleiro é pouco provável que haja alguma novidade para hoje. Mais grave que isso, porém, é surgir uma proposta que, inicialmente, possa provocar comemorações por parte de alguns, no entanto, ser uma estaca enterrada no coração do Andes-Sn e da greve. Não é segredo para ninguém que existe uma relação pra lá de incestuosa entre o Governo Federal e a Proifes-Federação. Qualquer proposta que fale apenas em reposição salarial ou, por exemplo, equiparação aos salários do Ministério da Ciência e tecnologia, sem que se toque nos outros pontos da pauta do Andes-SN (condições de trabalho e carreira de professor federal) é uma armadilha para rachar unidade da categoria e do movimento, encostar o Andes-SN nas cordas é grudar a pecha de “radical” no sindicato e em todos nós que lutamos por remuneração digna combinada com condições de trabalho. Há que se ter muita calma para não comemorar um golpe de morte em nós mesmos.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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FONTE: http://ufamparaofuturo.blogspot.com.br/
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