terça-feira, 19 de junho de 2012

Caros colegas professores,




No dia 6 de junho, foi realizada a maior assembleia de deflagração de greve da história da UFG. Nela, foi aprovada a greve a partir do dia 11. Esta assembleia definiu pela formação de um Comando de Greve formado por 7 representantes eleitos na assembleia e 2 por unidade paralisada. A UFG que já estava em greve nos campi do interior iniciou a paralisação dos campi da capital. Na assembleia do dia 13, com mais de 350 professores confirmaram a ampla
vontade dos professores de lutar por seus direitos, por meio da greve. Um dia antes, havia sido realizada uma assembleia estudantil, convocada pelo DCE, que decidiu pela deflagração da greve pelos estudantes.


A greve tem um reforço a partir do dia 18 com a incorporação a greve da diretoria da ADUFG. A adesão de novas unidades e de professores ao movimento grevista criou as condições para que o Comando Local de Greve e a diretoria da ADUFG buscassem um consenso para a convocação da assembleia conjunta para o dia 21 de junho às 14h na Faculdade de Educação.


A força do movimento dos docentes da UFG levou à unificação do movimento. Neste momento em que o movimento avança mais ainda é importante buscarmos fortalecer a greve em todas as unidades, abrindo espaço para a participação democrática de todos os docentes da UFG no debate sobre as suas condições de trabalho, carreira, e defesa da universidade brasileira, pois ao debater nossa carreira estamos discutindo algo muito além de meros números em nossos contracheques, estamos debatendo o futuro da universidade brasileira. A proposta de reestruturação da carreira do governo tem se caracterizado pelo aprofundamento das desigualdades, pela separação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, abrindo mais o caminho para a constituição de um lado os “centros de excelência” e de outro, os colegiões de terceiro grau. Esta greve tem sua força na participação ativa dos docentes na sua construção, não apenas interrompendo o trabalho docente, mas participando ativamente das atividades de greve, e do comando de greve, que está aberto a participação de todos. Como meio de organizar as atividades do comando foram criados grupos de trabalho para o debate das questões centrais de nossa vida universitária: a) Comissão de Ética; b) Capes (sistema de desempenho); c) GT de Financiamento; d) GT do REUNI; e GT de EAD.


A greve é um legítimo instrumento de luta dos professores, trata-se de um direito conquistado. Assim, esta greve é expressão das necessidades sociais dos docentes que percebem que melhores condições de trabalho são imprescindíveis para a geração de conhecimento e desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Toda a comunidade universitária precisa lutar conjuntamente por uma universidade autônoma, democrática, gratuita e de qualidade para todos.


Convocamos a todos os docentes para paralisar todas as atividades (graduação, pós graduação, extensão e pesquisa) e comparecer à assembleia dos docentes manifestar suas opiniões, deliberar e respeitar as deliberações da mesma. A construção deste espaço democrático será mais ampla quanto maior for a participação dos docentes. A assembleia é o lugar e o momento de demonstrar que os docentes estão conscientes da necessidade de transformar nossa universidade, na busca de reestruturação da carreira docente; valorização do piso e incorporação das gratificações; e valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas Ifes.


Atenciosamente,



Comando Local de Greve da UFG

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