sábado, 14 de julho de 2012

Governo propõe redução salarial aos professores







58 comentários:

  1. Muito bom o texto. A proposta foi mais "midiática" do que uma proposta de fato. Seguimos fotes na luta!

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  2. PEÇAM QUE O CNG MANDE ISSO PARA A MÍDIA. POR FAVOR.

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  3. Explique melhor sua projeção inflacionária. Não tem base estatística e muito menos econômica. o IPCA seria o índice oficial pelo Banco Central. Pegaram, pela teoria da manteiga na torrada, a maior inflação dos últimos anos 6,5%, multiplicaram por 3 e somaram mais 0,5% para dar 20% e "revelar" a "redução" salarial. Projeções de inflações de mercado (Mercado, leia-se bancos, não do governo que tem meta menor) voltam em torno de 5, no máximo 5,5 para amanteigar, para os próximos anos. E a inflação vem se reduzindo significantemente nos últimos meses.

    Pra quem se interessar:
    http://hcinvestimentos.com/2011/02/21/ipca-igpm-inflacao-historica/
    http://pt.global-rates.com/estatisticas-economicas/inflacao/indice-de-precos-ao-consumidor/ipc/brasil.aspx

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    1. Charles, vamos às contas que você pediu. Na conta de juros compostos, para você somar 6% três vezes, o cálculo é o seguinte: 6% corresponde a uma taxa de juros de 0,06. Na fórmula você teria que somar 1 e elevar o resultado ao cubo: 1,06 ao cubo = 1,1916. Subtraindo 1 e multiplicando por 100 você tem a porcentagem, que é 19,16% --- ou seja, bem próximo de 20%. Mas na verdade, esse nem é o ponto principal do argumento, pois mesmo que a taxa inflacionária não seja tão alta, a proposta na verdade não é lá grande coisa. Pense no seguinte, se nós tivemos 14,22% de inflação nos últimos DOIS anos, é bem possível que nos próximos TRÊS a inflação passe dos 16% --- nesse cenário, o que o governo está propondo pode até não ser uma redução do salário, mas não é também um aumento. Todo esse alarde e toda essa propaganda midiática do governo para nos propor que fiquemos na mesma e mais, aceitando isso como generosidade! Entretanto, Charles, esse nem é o pior problema, é apenas o problema mais fácil de explicar. O fato é que a proposta do governo, em outros pontos que não o valor do salário, piora as condições de produção de conhecimento, de extensão e até de docência nas universidade, por meio de uma série de regras que é preciso debater...

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    2. Não falo de mérito. Falei de contas. Se formos usar contas e números sem justificativas sérias como propaganda midiática de oposição estaremos igualando-nos por métodos às "propagandas midiáticas do governo".

      Não falei pra ninguém aceitar ou recusar a proposta. Apenas insinuei que essas projeções não estão muito elaboradas e não refletiriam os melhores parâmetros para comparação.

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    3. Concordo com o charles. O IGP-M é um índice calculado por uma fundação de direito privado (FGV) e é usado pelo mercado como estimador da inflação monetária - algo muito diferente do custo de vida, que é o que nos interessa.

      O IPCA não é perfeito mas é o índice que melhor aproxima as nossas necessidades e nos mostra um quadro muito diferente: O IPCA acumulado nos últimos dois anos foi de 11.96%. Estimei os próximos 3 anos usando análise gráfica elementar (linhas de tendência de suporte e resistência) sobre os dados mensais desde janeiro de 2004. Obtive uma projeção de 11.75% +/- 2%. Usando a estimativa de pior caso (13.75%) e compondo com os 11.96% passados, obtemos 27.35%. Este é o número mais conservador a ser usado para descontar a proposta do governo. Assim, os 45% do governo tornam-se 13.9% de aumento real sobre a base de Jul/2010. São 22% sobre o nosso último contracheque.

      Estes são os números. Se são bons ou não cabe ao senso de justiça de cada um.

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    4. Desculpem minha intromissão mas, passados os três anos, teremos que entrar novamente em greve? Essa história de plano de carreira com valores de salários pré-fixados não existe. Significa administrar anti-térmico para um paciente que sofre de infecção generalizada, ou seja, dura um tempo, mas terá que administrar rotireiramente. Se calculassem um piso salarial, atualizado por indice oficial razoável, e atribuíssem porcentagens sobre tal valor, relacionados com os títulos docentes, e níveis de carreira, haveria reposição automática e obrigatória. Seria custo previsto em orçamento, e nunca mais ficariamos reféns de políticos mal intencionados. A ANDES fez justamente uma proposta como essa. Nossa briga tem que ir nessa direção!!! Abraços a todos. André Faro

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    5. Caro Charles e Caro Cesar.

      As contas são feitas para avaliar o andamento do nosso poder de compra ao longo dos anos. Vocês nesse ponto não discordam. O problema é, portanto, o índice que foi escolhido, certo? Então falemos disso. Charles, não somos obrigados a avaliar a proposta do governo por um índice X só porque é este que o governo adota --- podemos escolher o índice que julgamos que reflete melhor a nossa carteira de gastos. E aí, César, não sei porque o IGP-M, só por ser calculado por uma Fundação privada, seria, por alguma razão, falso. Aliás, entrando no que realmente interessa, 30% do meu salário eu gasto com o aluguel da casa onde eu moro --- pensam que ele é reajustado pelo IPCA? Claro que não! O índice usado para a maior das minhas despesas é exatamente o IGP-M! Não vejo, pois, nenhuma razão para preferir o IPCA...

      A propósito, para esclarecer um outro ponto, a proposta do governo não é de 45%, César. A proposta do governo é uma série de tabelas cheias de distorções, em que os diferentes professores terão seus salários corrigidos por índices muito diferentes de acordo com vários fatores, sendo que uma pequena parte, talvez não muito mais do que dois ou três porcento dos professores, teriam 45% nos 5 anos em questão. Para vocês terem ideia das distorções da tabela, pensem que um professor em regime de 40 horas trabalhará o dobro de um professor em regime de 20h, mas não receberá o dobro, receberá talvez 40% a mais. Digo talvez porque nem mesmo é constante essa proporção, sendo que um professor que passe de 20h para 40h terá um aumento diferente a depender de outros fatores, como, por exemplo, em qual nível da carreira ele se encontra e qual é a sua titulação. Tem lógica?

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    6. Acho que mais importante do que o índice de inflação utilizado nas contas, é saber se esses índices realmente quantificam a inflação real a que somos castigados. Há muita coisa na internet sobre o tema mas, para início de conversa, sugiro a leitura desse artigo http://sergyovitro.blogspot.com.br/2012/07/paulo-santana-inflacao-do-tomate.html, de Paulo Sant'ana para o jornal Zero Hora de hoje (15/07/2012).

      Saudações.

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    7. Sou aluna, tá? queria perguntar, se é que TEM ALGUÉM AQUI COM PEITO PRA RESPONDER, quando vcs vão parar de pensar no próprio bolso, parar de fazer estas continhas tão...tão..tão...conscientizadoras da real intenção desta greve pela educação e finalmente passar a falar em qualidade na educação de fato.
      Desde que a proposta do governo apareceu, só o que vejo são professores fazendo conta do que ganharão ou não.
      Esqueceram dos TA's?
      Esqueceram dos alunos?
      Esqueceram da educação?
      Vocês não tem vergonha não?

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    8. Olá Adri,

      A proposta do governo é uma afronta a luta dos alunos, professores e técnicos administrativos. A proposta dele é para separar as categorias porque se as categorias ficarem na luta sem o respaldo uma das outras, a greve fica enfraquecida e o governo pisoteia em quem quer e como quer. Não sei se você ficou sabendo, mas está publicado também nesse blog, que o CNG na reunião do dia 13/07 afirmou para o governo a importância da presença, por exemplo, da Fasubra e o governo sequer deixou a Fasubra participar como ouvinte. Entendo a sua ira, é também a minha, mas ela precisa ser direcionada ao governo e não a quem tenta entender o engodo preparado pelo governo. A maioria das pessoas que debate aqui o faz no sentido de mostrar para o professores e para a sociedade em geral que o governo está mentindo. E para isso é preciso fazer essas contas todas. E, não podemos esquecer, essa conta influencia e muito na vida dos alunos, já que tem influencia direta na qualidade e condições de trabalho apresentadas pelo governo.

      Fora isso nós temos uma marcha nacional programada para o dia 18 e um acampamento agendado. É hora de nós, professores, junto com alunos e técnicos mostrarmos para o governo que entendemos as contas e que elas são uma vergonha, não a categoria dos professores, mas a proposta do governo.

      E é vergonhosa também porque exclui, deliberadamente, as pautas dos alunos e dos TAs.

      Vou postar com o meu blog, que é como tenho acesso. Mas meu nome está lá, nas postagens sobre coisas da imaginação.

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    9. Só complementando o pensamento do Cássio, os "45% de aumento" seriam somente para 1 das classes, no caso a mais alta, que contempla cerca de 8% dos professores, na verdade o reajuste varia de 15 a 45% conforme a categoria.
      E sobre a indagação da Adri, também sou aluno e entendo a indignação dos professores em resposta a proposta do governo. Mas a realidade é uma só: Quando o reajuste estiver no bolso, adeus greve, adeus reivindicações por educação de qualidade e melhores condições nas universidade.

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    10. Breno e Adri.

      Fico satisfeito de ver que os estudantes estão acompanhando a discussão. Achei importante responder às críticas que foram feitas aqui porque elas desqualificam a atitude dos professores. O valor dos salários é um ponto sim da equação e está em discussão; mas não é o principal. De fato, o problema da carreira docente não pode mesmo ser reduzido a uma questão de olhar o próprio bolso. Por isso insisti, nas minhas postagens, mesmo o tema aqui sendo inflação x salários, que os outros problemas são muito mais graves, e prejudicam muito o futuro da universidade no quesito da qualidade. E se vocês prestarem atenção às discussões dos professores nas instâncias que avaliam e conduzem a greve, a questão salarial é bastante secundária, como vocês poderão ver neste link:

      http://www.greveufg.blogspot.com.br/2012/07/cng-avaliacao-e-encaminhamentos-pos.html

      Na verdade, quem está interessado em transformar a discussão em uma discussão sobre números é o governo. Tanto que, na reunião do dia 13 eles nem iam nos apresentar nada a não ser as tabelas salariais. Por exigência dos professores a reunião foi interrompida por uma hora, para que o governo providenciasse uma definição da carreira por escrito. E olha que é uma definição esquemática, quase que improvisada --- e é muito ruim. Tudo o que o governo quer é que, graças à mentira dos 45%, o Brasil todo pense que a coisa se resolveu e que se a greve continuar é por causa da maluquice dos professores --- eles já nos chamaram de "imaturos", de "desequilibrados", de "intransigentes", e querem que essa imagem se cristalize na sociedade.

      O problema é que essa campanha leva a que sejamos interpelados sobre esses números principalmente. Ninguém, nem mesmo da imprensa (e olha que quase todo dia recebo telefonemas de órgãos de imprensa) vem a nós para saber se os critérios de avaliação de desempenho são compatíveis com o bom andamento da atividade acadêmica, ou se as metas de produtividade vão nos impossibilitar de dar a atenção adequada aos nossos orientandos e alunos. Estamos sendo obrigados a responder primeiro as questões de números, para ver se conseguimos a chance de então falar do que realmente interessa...

      É claro que são milhares e milhares de professores federais pelo país a fora, e deve mesmo haver aqueles que só pensam no próprio bolso. Mas pelo dia a dia da greve, vejo que não é esse o caso da maioria. E dou um exemplo dentro da própria discussão salarial. Os mais prejudicados, em termos salariais, pela proposta do governo não são os professores que estão na ativa --- são, de longe, os aposentados e os futuros ingressantes. Ora nem os aposentados nem os futuros professores estão na greve para defender os seus direitos --- quem fará isso por eles? Não há ninguém para fazê-lo se nós, professores em greve, não o fizermos. E pode ter certeza que faremos, se para isso tivermos força.

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    11. Acompanhando o pensamento da Adri,
      todos sabem que existem muitos professores que se encontram nas universidades, simplismente por uma questão de tranquilidade no trabalho(se comparado a iniciativa privada) e também que há professores que não merecem nem pertencer a este quadro de proficionais, pois não sabem, não querem saber e não estão nem aí para a educação no Brasil. Lógico que existem professores extremamente responsáveis e dedicados ao ensino, porém isso se resume a uma pequena parcela da categoria.
      Então quando vejo tantas reclamações por causa do aumento salarial, me pergunto se realmente estamos falando em melhoria na educação deste meu amado país ou se não estamos sendo apenas hipócritas levantando uma bandeira já esquecida.
      Ora todos sabem que educação não é só feita de salários ela também é feita de uma boa estrutura, de qualificação proficional, de um bom plano de carreira, de aposentadoria, de saúde e etc. Todos esses beneficios garantem aos docentes uma satisfação proficional,mas será que para isto estes mesmos docentes estão dispostos a se dedicarem como se dedicariam em uma iniciativa privada ou até mais? e os alunos será se também estariam dispostos ou até mesmo preparados para encarar uma nova realidade nas universidades?

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    12. JDias... Aconselho você a ler as demais postagens da Adri. SE você de fato concorda com ela, leia os outros posts dela.


      Na condição de aluno eu tive professores de todos os "tipos"... desde aquele que fingia que dava aula até aqueles que de fato davam.

      E também tive por colegas vários "tipos" de alunos... desde aqueles que cumpriam com as leituras/atividades até aqueles que só "estavam" na sala de aula...

      Então que dar aula para quem não está interessado é um inferno. Assim como ter professor que não se interessa por aquilo que faz é outro inferno.


      Agora quero falar especificamente de instituição privada... e aí vou recortar e colar uma carta escrita por mim para uma dessas...

      Depois, se você quiser, é só ir na fonte. Espero que isso o ajude a refletir e a cobrar da sociedade tanto professores qualificados quanto alunos qualificados, porque um precisa do outro. E não venha me dizer que tem professor que faz e acontece, porque poderei dizer que tem aluno que faz e acontece e não estamos aqui para falar de quem foge a regra... o que eu gostaria é que a regra fosse: alunos e professores interessados. E aí meu caro, aqui nesse posts os professores estão sim discutindo valores, mas simplesmente para exigir outros. Sugiro a você que antes de questionar a qualificação profissional, você conheça a pauta de reivindicações do CNG. Está publicada na página.


      Eis minha carta NESSE ENDEREÇO: http://www.coisasmiudasegraudas.blogspot.com.br/2011/10/carta-de-demissao.html


      [...] Tenho por volta de 800 alunos, em oito turmas, em um total de 16 horas semanais em sala de aula. Além dessas, há as horas que, como professora zelosa, empenho na prepa ração das aulas, o que, como sabemos, é considerado parte do trabalho e incluído no cálculo do valor da hora-aula. Ao preparar aulas, preciso selecionar textos, imagens, vídeos, planejar atividades, etc. Elaboro pelo menos dois tipos de prova para cada turma, geralmente mais, a fim de prevenir a cola. Essas coisas já bastam para elevar conside ravelmente o número efetivo de horas que trabalho para esta instituição, mas pense V. Sa. que com provas de pelo menos dez questões, mesmo sem contar o exame, são mais de 16.000 — dezesseis mil! — questões de prova para corrigir no semestre, sendo destas 3.200 questões discursivas. Somemos a isso a figura esdrúxula dos EDs. Eles caem do céu sem nenhuma inserção orgânica na disciplina que ministro, não interagem com ela e apa recem como um trabalho extra e não pago, desligado do planejamento da disciplina — o que é também a percepção dos alunos, exceto que para eles o trabalho extra parece farta­mente bem pago. Pois bem, no semestre passado, com quatro horas-aula somente (salário bruto de R$ 565,71), tive de corrigir 35 fichas de EDs, com quatro exercícios cada, de aproximadamente 200 alunos (28.000 exercícios), num trabalho exaustivo que além de considerado inútil por todos, inclusive pelos coordenadores de curso (fui orientada a não corrigi-los, mas apenas “dar uma olhada para ver quem fez”) não acrescentou um centavo no meu contracheque.

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    13. Concordo e apoio .
      Acredito que fui mal interpretado, não sou contra greve, tampouco manifestações grevitas, Acredito que todas são válidas e ás apoio.
      Estou apenas levantando uma REFLEXÃO,pois sou estudante,filho de professor ,pretendo ser professor e sou militar, e sei o que é não poder reivindicar por direitos democráticos.
      Levantei esta reflexão, pois em tantas manifestações que participei(tanto como manifestante quanto trabalhando)já vi pessoas que realmente estavam empenhadas com a causa e infelismente pessoas que deveriam estar, más por oportunismo viam o movimento grevista como uma oportunidade para "tirar férias",para aumentar o proprio salário ou para até mesmo fazer campanha política(transformando os manifestantes em massa de manobra contra governo, polícia e etc).
      Quero agradecer Coisas miúdas ou graúdas pela sua resposta apoiar os debates que estão sendo realizados e dizer ao galo,
      vai trabalhar.
      vc não deve nem saber o que é suar a camisa pra conseguir estudar, ter uma formação como manda a cartilha, não ser valorizado por isso, fazer seu mestrado, fazer seu doutorado, pra ver se terá algum reconhecimento... ... e nada.
      aí quando ligar a televisão e ver um cara que só porque conhece alguém vira secretário, ministro ou algum outro cargo desse nível, ganhando às vezes 5x mais do que vc, ou até mesmo desvalorizando sua classe.
      Então cidadão antes de lançar suas críticas ao vento, entenda primeiro.

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  4. Charles, vc tem que calcular a inflacao acumulada, juros nao e' simplismente somar os 3 anos e pronto. Tem que se fazer o calculo correto e acredito que gire em torno de uns 17 a 18% pela projecao do site que vc citou...

    Entao nao esta muito fora.

    PS: Sem acentos

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  5. Certamente, sendo o que disse entre (1+5,0%)³ - 1 = 15,76% e (1+5,5%)³ - 1 = 17,42%. Diferença relevante.

    Usando as médias de previsões inflacionárias para 2012, 13 e 14. (http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,mercado-mantem-previsao-para-inflacao-em-2013-a-55,107299,0.htm)
    "
    No levantamento, a média das estimativas para a inflação oficial em 2012 subiu de 5,27% para 5,28%. Para 2013, a média das projeções avançou de 5,43% para 5,50%. Para 2014, a média foi na mesma trajetória e passou de 5,15% para 5,19%"

    Então, a previsão acumulada para este cenário será: (1+5,28%)(1+5,5%)(1+5,19%)-1= 16,83%


    Sem falar que para achar os 14,22% ele usou o IGP-M e não o IPCA, que seria 11,96%.

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    1. Charles, olha o exemplo: um professor doutor, se for aprovado em concurso em 2015, receberá em valores nominais, pela proposta do governo, cerca de 11% a mais do que receberia agora, se estivesse tomando posse hoje. Por alguma projeção de algum índice isso te parece uma boa proposta?

      Mas insisto: só estou entrando nesta conversa para esclarecer a questão, porque, como já disse em outras postagens, o problema maior da proposta do governo está na estrutura da carreira, que é catastrófica não só para os professores, mas para a própria universidade.

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    2. Cássio, Charles e demais, gostaria de saber quanto a outras questões, que são tão primordiais quanto a reestruturação da carreira, como as que estão atreladas às propostas dos Estudantes de Pós-Grad. (meu caso), ou seja, quais as propostas apresentadas pelo governo para garantir e promover melhores condições para a produção de conhecimentos através da pesquisa e extensão? e caso isso tenha sido apresentado, houve alguma análise por parte do CNG?

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    3. Helmir,

      A análise do CNG foi publicada ontem à noite, e já está disponível neste blog, no link abaixo:

      http://www.greveufg.blogspot.com.br/2012/07/cng-avaliacao-e-encaminhamentos-pos.html

      Mas para adiantar o seu problema específico: a proposta do governo inclui uma exigência que aumenta em 50% a carga horária mínima que os professores precisam dedicar às aulas, e isso sem abrir mão dos critérios quantitativos sobre publicação de artigos, etc. Não é preciso ser gênio para adivinhar o que isso vai fazer com o tempo dedicado à orientação e acompanhamento dos trabalhos dos orientandos...

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  6. Charles, mesmo que sua posição esteja correta, diga-me o que, então, o governo ofereceu? Levando-se em conta que já está desde julho de 2010 sem reajuste inflacionário (18%).

    Explique-me por favor o que foi ofertado, portanto.

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    1. Honestamente, eu não achei a proposta ruim. Na minha ótica, achei bem razoável. Mas não conseguiria te dar um parecer técnico ou especialista sobre toda a proposta e todas as consequências dela para todos professores. Sugiro que cada um analise sob a perspectiva de suas carreiras. Quem poderá dar uma informação detalhada para todos, será alguma comissão que se debruce afincamente sobre os dados, espero que os sindicatos façam isso com responsabilidade.

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    2. Prezado Charles, procurei o seu lattes e não encontrei. Você é professor?

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    3. Marcel, o fato dele ser ou não professor não invalida seus argumentos.

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    4. Carlos Maziero, pode até não invalidar os argumentos, mas não o torna uma pessoa qualificada para falar da nossa carreira, pois o que o governo fez e o que o Charles ta fazendo não voejo diferença!!!

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    5. Desculpem minha intromissão mas, passados os três anos, teremos que entrar novamente em greve? Essa história de plano de carreira com valores de salários pré-fixados não existe. Significa administrar anti-térmico para um paciente que sofre de infecção generalizada, ou seja, dura um tempo, mas terá que administrar rotireiramente. Se calculassem um piso salarial, atualizado por indice oficial razoável, e atribuíssem porcentagens sobre tal valor, relacionados com os títulos docentes, e níveis de carreira, haveria reposição automática e obrigatória. Seria custo previsto em orçamento, e nunca mais ficariamos reféns de políticos mal intencionados. A ANDES fez justamente uma proposta como essa. Nossa briga tem que ir nessa direção!!! Abraços a todos. André Faro

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    6. Se não tem lattes, o que acontece?
      Tsc Tsc Tsc. Que vergonha, professor!!!!
      Desde quando ter um lattes (é uma rede social de acadêmicos?) é que qualifica alguém para opinar?
      Ter nascido nos permite pensar e, consequentemente, opinar. Já somos cerceados pela grande mídia.
      Aqui também não pode?

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  7. Oi pessoal.

    Pedimos ajuda para divulgamos esse texto. Ele já foi acessado várias vezes, mas ainda é pouco (é pouco, é pouco --- igual a Dilma!).

    Olhem só:

    Governo propõe redução salarial aos professores --- 14/07/2012, 9 comentários --- 3.571 Visualizações de página

    E aí que isso em menos de 12 horas... mas a campanha precisa, de fato ser ampliada.


    Cleiry-secretaria

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  8. Olá Cleiry e Comando Local de Greve
    Concordo que a difusão deste texto é importante. Por que ele foi publicado aqui como três arquivos JPG, em vez de texto de verdade? Isso interfere muito negativamente na difusão. Texto "normal" é pesquisável e facilmente copiado e difundido. Os buscadores (por exemplo, Google) não conseguem "ler" o texto dentro das imagens. Não dá pra ninguém copiar um trecho que considera interessante e colar no Facebook. Pra ler no celular então, pode ser quase impossível...

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    1. Bernardo,

      esse texto está no facebook desde a sua origem. O autor dele mandou para mim por e-mail (PDF). Para postá-lo aqui tive que converter em JPEG. Posso enviá-lo por e-mail para quem solicitar! Fora isso, na mensagem, tem como você ampliar a divulgação indicando o link para o face, para o Twuitter e etc...

      De qualquer forma é muito válida a sua solicitação. Vou ver com quem sabe fazer :)


      Enquanto isso, procurem por Wagner Santos no face... (Wagner Santos Trabalha na empresa ( UFS ) Universidade Federal de Sergipe Estudou na instituição de ensino UFPE Mora em Itabaiana, Sergipe, Brazil De Itabaiana, Sergipe, BrazilFala Português brasileiro e Inglês britânico)

      Até,

      Cleiry - secretaria CLG


      Nosso e-mail é: secretariaclggyn@gmail.com

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  9. Vale salientar que não foi colocado em nenhum momento melhorias nas condições de trabalho, que nas IFES novas são pauta tão ou mais importante quanto salarial. Vamos ver como a categoria esta unida neste ponto.

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  10. Caros Amigos, acredito que devemos discutir o pseudo ajusto salarial no âmbito de nossa categoria, para isso antes de manifestar quaisquer discussões a este respeito procurem a lotação do respectivo docente em alguma universidade federal.
    Experimentem por exemplo buscar no Google o docente: "Charles Fernandez de Lima".
    Tenham todos um ótimo final de semana.

    Att. Docente "real" de uma universidade Federal deteriorada.

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  11. Aproveito para chamar a atenção para o texto do Professor João Alberto (UFG) --- vejam em

    Pela rejeição da proposta do governo.
    A greve dos professores nas Universidades Federais tem que continuar.

    http://greveufg.blogspot.com.br/2012/07/pela-rejeicao-da-proposta-do-governo.html


    Cleiry - secretaria CLG

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  12. Colegas,

    Sou professor de universidade estadual e estou acompanhando a luta de vocês.

    Sobre acho que a discussão sobre que índice usar é improdutiva, porque os indicadores que temos no mercado servem a vários propósitos, mas não especificamente para o de medir a perda do poder de compra de uma categoria específica como a dos professores das federais.

    No entanto, para que o governo possa dizer que está realmente oferecendo 45% de ganhos para a categoria, há uma solução simples para a contraproposta dos professores, que é a de garantir adicionalmente, para estes próximos três anos da proposta do governo, a reposição das perdas pela inflação. O IGP-M pode ser usado neste caso ou mesmo o IPCA. Mas o ponto do argumento do texto que chama a atenção é exatamente a impossibilidade de compararmos valores em tempos diferentes. Porém, se à tabela for aplicado um índice de correção de valores, então os ganhos salariais se aproximariam do patamar propagado pelo governo.

    Apesar de ser esta uma proposta razoável (a de acrescentar um índice de inflação à tabela dos próximos três anos), acho que o governo está 'careca' de saber destas contas e fez a proposta dos tais '45%' de má fé mesmo, querendo colocar pressão sobre os professores, jogando com a opinião pública, que não está atenta a estas questões.

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    1. Insisto, o governo não fez uma proposta de 45%, ele apresentou três tabelas com índices de correção diferentes para diferentes situações de regime de trabalho, de titulação, de classe e de nível da carreira do professor. Não há um índice uniforme -- é quase individualizado, sendo que 45% é um caso extremo que não beneficia quase ninguém! Para a maioria dos professores a mudança será muito menor.

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    2. Certo, é isso mesmo Cássio... os reajustes divulgados na tabela que sintetiza a proposta do governo vão de 22,2% (para alguns níveis) até 45%, no caso dos professores doutores titulares, que são apenas 7% da categoria, com diferentes gradações, dependendo do nível... então, na realidade um aumento desses, diluído em três anos, pode sim representar perdas para grande parte dos colegas...

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  13. Cada governo que entra parece que está querendo ser mais VAGABUNDO que o antecessor. Só pensam nos próprios salários (Deputados, Senadores, Governadores, Vereadores, Assessores em todos os níveis (os famosos ASPONES- puxa-sacos, baba-ovos)e o salário de quem realmente trabalha, esse não querem aumentar. Me causa estranheza a população não estar vendo isso. Defender os políticos é o mesmo que defender o FERNANDINHO BEIRA MAR e outros BANDIDOS do mesmo quilate......

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  14. Coisas miúdas ou graúdas

    Finalmente percebi um pouco de lucidez em meio a tantos absurdos e manipulações.

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    1. Oi Adri! Não vi aqui sua resposta... estava procurando por você lá na parte de cima :) --- Você leu o que o professor Cássio da UFG respondeu? Penso que ele ajuda a esclarecer melhor. Vou recortar e colar aqui... e lá final eu volto!



      Resposta do Cássio UFG --- Breno e Adri.

      Fico satisfeito de ver que os estudantes estão acompanhando a discussão. Achei importante responder às críticas que foram feitas aqui porque elas desqualificam a atitude dos professores. O valor dos salários é um ponto sim da equação e está em discussão; mas não é o principal. De fato, o problema da carreira docente não pode mesmo ser reduzido a uma questão de olhar o próprio bolso. Por isso insisti, nas minhas postagens, mesmo o tema aqui sendo inflação x salários, que os outros problemas são muito mais graves, e prejudicam muito o futuro da universidade no quesito da qualidade. E se vocês prestarem atenção às discussões dos professores nas instâncias que avaliam e conduzem a greve, a questão salarial é bastante secundária, como vocês poderão ver neste link:

      http://www.greveufg.blogspot.com.br/2012/07/cng-avaliacao-e-encaminhamentos-pos.html

      Na verdade, quem está interessado em transformar a discussão em uma discussão sobre números é o governo. Tanto que, na reunião do dia 13 eles nem iam nos apresentar nada a não ser as tabelas salariais. Por exigência dos professores a reunião foi interrompida por uma hora, para que o governo providenciasse uma definição da carreira por escrito. E olha que é uma definição esquemática, quase que improvisada --- e é muito ruim. Tudo o que o governo quer é que, graças à mentira dos 45%, o Brasil todo pense que a coisa se resolveu e que se a greve continuar é por causa da maluquice dos professores --- eles já nos chamaram de "imaturos", de "desequilibrados", de "intransigentes", e querem que essa imagem se cristalize na sociedade.

      O problema é que essa campanha leva a que sejamos interpelados sobre esses números principalmente. Ninguém, nem mesmo da imprensa (e olha que quase todo dia recebo telefonemas de órgãos de imprensa) vem a nós para saber se os critérios de avaliação de desempenho são compatíveis com o bom andamento da atividade acadêmica, ou se as metas de produtividade vão nos impossibilitar de dar a atenção adequada aos nossos orientandos e alunos. Estamos sendo obrigados a responder primeiro as questões de números, para ver se conseguimos a chance de então falar do que realmente interessa...

      É claro que são milhares e milhares de professores federais pelo país a fora, e deve mesmo haver aqueles que só pensam no próprio bolso. Mas pelo dia a dia da greve, vejo que não é esse o caso da maioria. E dou um exemplo dentro da própria discussão salarial. Os mais prejudicados, em termos salariais, pela proposta do governo não são os professores que estão na ativa --- são, de longe, os aposentados e os futuros ingressantes. Ora nem os aposentados nem os futuros professores estão na greve para defender os seus direitos --- quem fará isso por eles? Não há ninguém para fazê-lo se nós, professores em greve, não o fizermos. E pode ter certeza que faremos, se para isso tivermos força.





      Bom, fora isso, quero convidar você para a Marcha! Eu penso que os estudantes, se engajados entre eles, podem fazer grandes mudanças. Aliás, talvez fosse ainda nem fosse nascida!, mas temos movimentos de estudantes que foram importantes (junto com a mídia) para derrubar o Collor... então faço o convite: vamos pra marcha?

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  15. Ganha de 6 a 12 mil e tá reclamando? Ainda usa de ironia no final com quem ganha salário mínimo? Deviam levar pra aula é óleo de peroba.

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    1. Galo!

      O salário mínimo é uma afronta ao povo brasileiro. Todos deveriam ir as ruas exigir um salário mínimo que fosse ao menos suficiente para o mínimo. Aliás, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.416,38, estima Dieese. Para o Dieese, o menor salário pago deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.


      E aí você vem dizer que quem reclama não tem direito de reclamar? Ora, se você não se sente explorado pelo governo, com certeza você deve ser dos que explora também. Afinal, só existe duas categorias nesse mundo que vivemos: 1º) os que exploram o povo e 2º) o povo que é explorado.

      E se você é daqueles que não reclama e aceita passivamente o que lhe é imposto, sugiro que não seja professor, afinal os professores costumam usar a massa cinzenta para dizer não a exploração.

      Sugestões para você:

      Edital para o concurso da Polícia Federal – PF – deve ser publicado até o dia 12 de junho de 2012. Remuneração chega a R$ 13.672,00.


      O edital para o Minitério da Ciência, Técnologia e Informação – MCTI-2012 – já escolheu a comissão organizadora de seus próximos concursos, será o Cespe/UnB. Serão 832 vagas. Remuneração chega a R$ 5.111,07.


      Iniciaram-se os preparativos para a realização do concurso da Agência Nacional do Petróleo – ANP-2012. São 152 vagas. Remuneração chega a R$ 11.600,00.


      Entre os dias 25 de abril e 25 de maio poderão ser realizadas as inscrições para o concurso da UFAL 2012 – cargo técnico administrativo. São 13 vagas. Remuneração chega a R$ 2.989,33.


      Saiu o edital do concurso público para a Controladoria Geral da União – CGU-2012. São 250 vagas. Remuneração é de R$ 13.264,77, incluindo benefícios.



      Faço essas sugestões supondo que você é bom o suficiente para nem sequer ter aula com um professor que questiona o que ganha diante do que produz.

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  16. Levar para a mídia...
    Comentários como o anterior somente é feito por pessoas que não fazem idéia do que é batalha para chegar a um douturado.
    Mais uma vez demonstra quanto a educação (e cultura) brasileira estão em baixa...
    Continuem querendo o Tchu...Tcha... e deixem ser mandados por pessoas que exploram do seu trabalho para ficarem milionárias
    do dia para a noite...
    abraço..

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  17. Uma excelente exposição de motivos (feita pelo Prof. João Alberto) para rejeitar a proposta do governo pode ser vista em
    http://greveufg.blogspot.com.br/2012/07/pela-rejeicao-da-proposta-do-governo.html

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  18. Em embates como estes, governo x movimento docente, infelizmente, ambas as partes dizem apenas meias verdades, distorcem os dados e as informações, fazendo com que a maioria das pessoas fique confusa.
    No texto do professor ele demonstra que a proposta do governo sequer repõe as perdas do período 07/2010 a 07/2015, com base na inflação já acumulada (14,22 pelo IGPM) e na projeção da inflação para o futuro (20% segundo ele, com o adendo de que ela poderá ser maior, com base na Ley de Murphy). Em resposta ao professor, diria que ou ele não consegue fazer uma análise correta dos dados disponíveis.
    Com relação à inflação passada, ele utilizou o índice que apresentou a maior inflação (IGPM). Para os leigos, esclareço que há vários indices de inflação e eles podem dar resultados diferentes por medirem preços diferentes. O correto seria ele utilizar o IPCA (indice de preço ao consumidor ampliado) que, para o período, apontou uma inflação de 11,87. E por que o IPCA é o índice correto e não o IGPM?
    O IPCA mede o preço dos produtos consumidos pelas famílias que ganham de 1 a 40 salários minimos, o que corresponde a cerca 95% das familias brasilieras. O IGPM é composto pelo preços no atacado (peso 6) pelo IPC, preço ao consumidor, (peso 3) e INCC - índice nacional da construção civil, que mede os preços dos produtos e serviços da construção civiil (peso 1). Como se vê, este não é o indice para calcular reposição salarial. Os sindicatos não o utilizam.
    Com relação à projeção da inflação futura (de agora até julho de 2015), o professor chutou 20%, podendo ser maior porque, segundo a lei de Murphy, se algo pode piorar, certamente piorará. Isto mostra muito desconhecimento ou má fé por parte do professor sobre os fenômenos econômicos. Eles não ocorrem de forma aleatória, como o aparecimento de cara ou coroa, ao se jogar uma moeda ao chão, seguidamente, mas com base em condições macro e microeconômicas presentes, que podem ser analisadas e projetadas para o futuro.
    Por isso é que governos, empresas e atores afins quando querem avaliar cenários econômicos futuros buscam consultores econômicos e não advinhos ou pessoas que jogam cartas. Para atingir 20% em três anos, a inflação anual precisa ficar, em média, um pouco acima de 6% ano. Tudo indica que ficará abaixo. Digo isto não por advinhação, mas pela análise de cenários presentes. Por exemplo. Nos últimos 12 meses, o IPCA foi de 4,9157 (e não acima de 6%). Nos 6 meses deste ano, ele foi de 2,32. Se analisarmos o IPCA deste ano, mês a mês, veremos que há uma tendência de queda, o que aponta para uma inflação neste ano bem menor do que a do ano passado, não porque indica a anti-lei de Murphy, mas porque, com o mundo em crise, o consumo está diminuindo e consumo baixo leva à diminuição do ímpeto da inflação.
    É necessário dizer que o salário do professor se recompõe não apenas pelo aumento geral, mas, tb, pelas constantes ascensões de níveis e de classes, além de aumento na titulação. Então, considerando o periodo julho/10 a julho/15, lá, estaremos com um salário com maior poder de compra, que é o que interessa.
    A comparação do aumento do salário do professor com o aumento do salário mínimo é indevida. Nos últimos anos, o salário mínimo tem aumentado acima da inflação, como medida (eficaz) para diminuir as desigualdades, discurso caro ao movimento docente. Se houvesse vinculação de aumento salariais ou de preços ao aumento do salário mínimo, ele deixaria de ser instrumento de diminuição das desigualdades. Por lei, nada pode ser indexado ao mínimo. É bom que saibamos disto.
    Climerio Avelino de Figueredo
    climerioaf@bol.com.br

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  19. Chamo-me Claudemir e moro em Sinop (MT), sou estudante da UFMT e estou acompanhando os comentários sobre a greve.
    Gostaria de dizer que estou de acordo com a resposta do Coisas miúdas e graúdas ao Galo, por que o salário mínimo é sim uma afronta aos trabalhadores e que pessoas como você(GALO) NÃO MERECEM fazer parte desse país.
    -É como o joio no meio do trigo!!!
    Um dia pretendo ser doutor e não quero ganhar essa esmola que o governo não paga, mas impõe aos professores!!!
    FORÇA PROFESSORES E CONTINUEMOS A LUTA!!!
    Sinop esta com vocês!!!

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  20. Uma coisa precisa ser dita. Os professores universitários precisam ganhar bem. Mas, tb, precisam trabalhar bem. Quem vive o ambiente universitário como eu (sou professor da UFPB) sabe muito bem que nele há uma minoria que trabalha e uma maioria que só enrola. É por isto que os docentes resistem a ser avaliados qualantitativa e quantitavamente. A sociedade ficaria escandalizada ao ver o resultado desta avaliação. Falam em melhoria das condições de trabalho (que não são más)mas nao utilizam adequadamente o que têm.

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    1. Climerio Avelino,

      sim, há professores que não cumprem com suas obrigações. Há médicos que não cumprem com suas obrigações. Há alunos que não cumprem com as suas obrigações... E?

      O que você como colega que vê o outro sem trabalhar deveria fazer? O que todos nós deveríamos fazer? DENUNCIAR... SE denunciarmos e não apenas olharmos e deixarmos que continue acontecendo nunca vai deixar de ser assim.

      Não conheço professor que é contra a avaliação, conheço professores que são contra a forma como se é avaliado. Isso porque se eu sou considerada bom profissional apenas pq publico X artigos na revista Y, isso não é controlável pq há professores que maquiam os mesmos textos e publicam em 2, 3 lugares diferentes como se fosse um só. Eu mesma já peguei artigo para estudar em duas fontes, como nomes diferentes, do mesmo autor e ao chegar em casa e começar a lê-los descobri que eram o mesmo texto. (Tenho os textos aqui, foram escritos por um professor da UFPA/Belém)


      Então que esse professor tem maior nota que aquele que honestamente produz apenas um artigo por ano.


      E de fato as condições de trabalho não são más se comparadas com as condições de trabalho de muitas pessoas. Mas não são boas.


      E aí o Mercadante aparece na TV dizendo que todo professor precisa fazer doutorado... Fui olhar o Lattes dele e ele levou 15 anos para concluir o doutorado dele!

      E hoje, quantos anos são? Isso não é explorar o professor? Isso não é transformá-lo em uma máquina de escrever?


      Eu não tenho nenhuma resistência em ser avaliada qualitativamente e menos ainda quantitativamente, desde que a avaliação do professor lá de Belém passe pelo mesmo pente fino que passa a minha.


      Entende agora pq alguns professores resistem a esse método da Capes / MEC e etc de avaliação? Porque o Lattes de muitos é uma colcha de retalho, sem ser costurada.

      Até e que a gente consiga a pauta do CNG para uma carreira única. Não vamos perder tempo falando de coisas que não fiscalizamos. OU VAMOS SIM, vamos denunciar, afinal é dinheiro público. Vamos denunciar as bancas incompetentes, as bancas "amigas", as bancas que são formadas pelos quintais individuais e não pelo interesse público da Universidade.


      Há muito o que denunciar, muito.

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  21. Prezados,

    há várias formas de analisarmos os efeitos da reposição salarial proposta. Inicialmente, devemos parar de mencionar a palavra "aumento" e lembrar sempre que estamos tendo reposição salarial para compensar perdas inflacionárias.
    Há vários índices para a inflação de cada ano, ou mesmo de cada mês. Podemos ver as séries históricas de vários deles no site: http://www.portalbrasil.net/indices.htm
    No meu entendimento o mais indicado seria o IPCA, que é parecido com INPC. O INPC considera o aumento dos custos para as famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos. O IPCA considera famílias assalariadas com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos, é o nosso caso. Podemos também verificar o IGP-M ou o IGP-DI, que são praticamente iguais.

    Para fazer os cálculos, verifiquei os índices acumulados em dezembro de 2010, dezembro de 2011 e junho de 2012, e calculei o índice de inflação em dois anos e meio (Jan/2010 a Jun/2012) tal como fazemos cálculos de juros compostos. Os valores obtidos foram: IGP-M = 20,7%; IGP-DI = 21,1%; INPC = 15,8% e IPCA = 15,4%. Depois, usei o mesmo tipo de cálculo para fazer a projeção da inflação até dezembro de 2014, considerando que teremos os mesmos valores para cada um dos indicadores nos proximos dois anos e meio (Jul/2012 a Dez/2014).

    A projeção para dezembro de 2014 ficou: IGP-M = 45,8%; IGP-DI = 46,6%; INPC = 34,2% e IPCA = 33,2%. Assim, podemos comparar com os valores das reposições constantes na proposta e verificar que:
    1) Pelos indices IGP-M e IGP-DI, todos os professores perderão rendimento. Apenas o Titular Doutor conseguirá reposição quase completa;
    2) Pelos indices INPC e IPCA, todos os mestres perderão rendimento. Entre os doutores, somente os Associados 1 e 2 perderão rendimento, os demais terão ganhos de até 11,9% (Titular Doutor). Abaixo deste temos o Adjunto 4 com ganho real de 5,2% (considerando o índice IPCA.

    Obs.:
    1) Eu fiz os cálculos apenas para as tabelas apresentadas aqui neste Blog.
    2) Deve-se observar que o IGP-M e o IGP-DI acumulado em 2010 (janeiro a dezembro) foi muito superior à média dos últimos 5 anos, assim como os mesmos índices em dezembro de 2009 foram muito inferiores à média.


    Prof. João Carlos Giacomin
    Engenheiro Eletricista
    Doutor em Eng. Elétrica
    Depto de Ciência da Computação
    Universidade Federal de Lavras - MG

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  22. Prof. Joao Carlos.
    A sua projeção de inflação futura está equivocada, pois a faz considerando a inflação passada quando todas as projeções feitas pelos agentes econômicos apontam para uma queda da inflação por conta da crise econômica. Tb, é preciso considerar que teremos aumentos nominais nos salarios pelas reposições previstas no acordo e pela ascensão de nível que todos teremos no período.
    climerio avelino de figueredo
    UFPB

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    1. Caro Climerio,
      Gostaria de ressaltar alguns aspectos contraditórios que encontrei em seu discurso. O Primeiro deles é com relação a seguinte afirmação:
      “Uma coisa precisa ser dita. Os professores universitários precisam ganhar bem. Mas, tb, precisam trabalhar bem. Quem vive o ambiente universitário como eu (sou professor da UFPB) sabe muito bem que nele há uma minoria que trabalha e uma maioria que só enrola.”
      Ao ler este discurso, acreditei que se tratava de um Professor de “alto” nível segundo os padrões CNPq. Ao olhar o seu currículo Lattes, ocorrei a minha primeira decepção. Considerando a sua ultima formação tem-se:
      1987 - 1991 Graduação em Psicologia .
      Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Brasil.
      E ainda,
      Vínculo institucional

      1989 - Atual Vínculo: Servidor Público, Enquadramento Funcional: Professor Adjunto III, Carga horária: 40, Regime: Dedicação exclusiva

      Nesta neste contexto, faço a minha primeira pergunta meu caro amigo: Nestes 24 anos de docência ainda não deu tempo para terminar o seu Doutorado? Será que não há alguma coisa com vc ou com os incentivos do Governo federal para capacitação docente. Particularmente, prefiro dar credito ao docente e acreditar que falta incentivos do governo federal.
      Considerando outra parte de seu discurso tem-se:
      “Por isso é que governos, empresas e atores afins quando querem avaliar cenários econômicos futuros buscam consultores econômicos e não advinhos ou pessoas que jogam cartas. Para atingir 20% em três anos, a inflação anual precisa ficar, em média, um pouco acima de 6% ano. Tudo indica que ficará abaixo. Digo isto não por advinhação, mas pela análise de cenários presentes. Por exemplo. Nos últimos 12 meses, o IPCA foi de 4,9157 (e não acima de 6%). Nos 6 meses deste ano, ele foi de 2,32. Se analisarmos o IPCA deste ano, mês a mês, veremos que há uma tendência de queda, o que aponta para uma inflação neste ano bem menor do que a do ano passado, não porque indica a anti-lei de Murphy, mas porque, com o mundo em crise, o consumo está diminuindo e consumo baixo leva à diminuição do ímpeto da inflação.”
      Assim, outro fato muito relevante no seu currículo é que não notei qualquer formação, publicação ou outro tipo de produção acadêmica em ciências econômicas. Entretanto ainda, relevando estes fatos, há de se considerar que projeções não são verdades incontestáveis. E, como podemos ver ao longo da historia econômica, todos os grandes bancos que apostaram pesadamente em tais fatos, quebraram. Se grandes bancos já abriram e muito ainda abrirão concordadas por projeções equivocadas, faço aqui a minha segunda pergunta: Vc realmente é capaz de colocar o sustento de sua família em projeções ?
      Assim finalmente, encerro a minha argumentação em prol dos professores que realmente trabalham.

      Att. Prof. Dr. "real" de uma universidade Federal deteriorada.

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    2. Meu caro Paulo,
      Na minha atividade docente, busco dar o melhor de mim. Mas tenho muitos pontos a melhorar. No entanto, quando a falha é minha, eu a assumo ao invés de culpar o governo. Por exemplo: Entrei na UFPB em 1989 como especialista e somente em 1995-1998 fiz meu mestrado. Em 2010, iniciei meu doutorado que espero concluir em 2013. Sou adjunto IV. Como tal ganho líquido 5.400,00 reais. Se tivesse doutorado já seria associado e meu salário líquido seria proximo a 8.000,00. Então, tenho culpa tb por não está ganhando melhor. No meu caso e de muitos o que faltou mais não foi incentivo governamental, mas determinação.
      Com relação à avaliação, defendo que ela seja de forma mais ampla e não apenas em relação à publicação, pelos fatos que você aponta e pq os professores têm interesses diversos dentro da atividade docente. No meu caso, gosto muito de dar aula e fazer extensão em comunidades carentes. Meus alunos e meus pares me avaliam positivamente nestes aspectos. Não gosto da área de pesquisa, nem de produzir artigos. Mas acho que estou errado e sou favorável a que haja uma obrigação neste sentido.
      Aqui na UFPB, estou cansado de cobrar medidas contra os professores que enrolam.O corporativismo impede que se tome qualquer medida.
      Com relação à formação na área econômica, não a tenho mas é uma área de que gosto muito e sobre a qual tb costumo ler.Por isto me arrisco a opinar sobre.

      Projeções nem sempre se confirmam. Feitas sobre dados concretos, muitas vezes elas falham.Imagine no chute?
      Obrigado pelas críticas construtivas.
      Climerio

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  23. Coisas miúdas ou graúdas
    Li o que escreveu o professor Cássio da UFG lá em cima e depois com o seu comentário e convite.
    Vocês me ajudaram a entender o porque de tantas contas. Eu estava profundamente irritada com isso, mas era falta de conhecimento e agradeço o esclarecimento.
    Estou feliz ao encontrar um fórum que se presta ao debate qualificado em relação a esta greve e à educação.
    Lá vou eu falar um pouco mais do que penso sobre este quadro lamentável. No dia-a-dia da sala de aula vejo professores desinteressados em praticar a arte de ser professor. Profissionais em começo de carreira completamente desencantados com a profissão e que causam a impressão de terem caído de pára-quedas na sala de aula e não por uma decisão de vida, de vocação ou amor à profissão. Nós últimos dez anos venho observando todas as falhas existentes na estrutura das escolas de ensino médio e fundamental porque acompanho muito de perto a vida escolar da minha filha. Sei do desamparo enfrentado por vocês por parte dos governos que vão e vem sem nada fazer, fazer muito pouco ou fazer pela metade. Reconheço todas as falhas do lado do "patrão" Brasil, porém não fecho os olhos para o lado do funcionário que se deixa levar pelo embalo da famosa frase "o Brasil faz de conta que me paga e eu finjo que ensino", e é aí que bato de frente com meus professores, porque não falo pro vizinho, essas criticas dirijo diretamente à eles. sempre e aos da minha filha também. Percebo que tanto o governo quanto os professores e sindicatos tentam fazer dos pais e alunos marionetes com informações maquiadas e mentirosas. Os dois segmentos deixaram de lado o "lado do bem", o desenvolvimento do país, a boa formação de alunos. Parece que não querem mais que pensemos por nossas próprias cabeças. Os sindicatos deixaram de lado a conscientização responsável da militância, querem que os estudantes sirvam como porta-vozes de discursos decorados. Isso não é sindicalismo, isso é manipulação. Assim como a classe política cada vez mais está acabando com a democracia, os sindicatos estão matando o sindicalismo. Vejo meus professores maquiando informações, criando notícias, falando pelos alunos sem representatividade legal ou moral. Como posso apoiar isso? Apoiar mentiras seria negar a mim mesma. Não sou isso e não vou me corromper. Sempre fui favorável aos movimentos grevistas e de alguns participei em tempos de militância política, mas hoje, ao ver no que se transformou, simplesmente não encontro argumentos para estar junto, para ajudar a escrever esta parte da história.
    E acreditem, sou uma apaixonada pela docência, amo profundamente o mundo acadêmico. Gosto de aprender e tenho como sonho um dia poder ensinar. Lamento estar em casa, isolada de tudo e só acompanhando e criticando pelas redes sociais. Sou de um tempo nem tão antigo assim, em que ficávamos acampados em frente a hospitais,escolas e palácios de governo,24 horas por dia em dias de greve e o que vejo hoje está muito longe disso. E lamento, lamento todos os dias por isso.
    Grata pela atenção.
    Ah, Coisas Miúdas e Graúdas, eu era adolescente e fui sim uma cara-pintada, que agora assiste o Senador Collor no Senado. rsrsrs
    Abs

    Adri

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    1. Émile Zola escreveu e publicou um texto famoso: "Eu acuso". Morreu por conta desse texto, mas quem ele defendeu foi salvo.


      Ficar em casa é um jeito de fugir da luta? Depende. Se ficar em casa vendo Faustão e outras coisas assim até é.


      Mas se você ficar em casa e escrever um bom texto e publicá-lo e fazê-lo ser lido por mais de 300 pessoas vc estará na luta, até mesmo aí na sua casa!


      Sobre professores? Começo minhas aulas dizendo que a aula é aquilo que o aluno é. Se tenho alunos interessados a aula é de um jeito, se tenho alunos desinteressados a aula é de outro. Mesmo eu sendo a mesma.

      Costumo dizer para os meus alunos que as aulas chatas são responsabilidade também deles, afinal não leem os textos, não fazem perguntas, não participam e ficam fingindo que houvem e quando faço qualquer pergunta eu ouço: "desculpa, estava lendo uma mensagem no celular e não ouvi" e por aí vai.

      Também digo a eles quando veem até mim dizer que a aula foi muito boa, que é por conta deles.

      E aí que gosto da aula com a participação do aluno. E na condição de aluna detesto aquela aula que só o professor fala, fala, fala --- e tem aluno que só quer ouvir, apenas ouvir.

      Formar um cidadão crítico, está nos PCNs, mas não está na prática do Governo, nem de muitos professores. E eu, quando procuro questionar o sistema e cutucar os meus alunos para que eles o façam é comum eu ouvir: isso é teoria professora, quando eu for dar aula vou ter que repetir isso e aquilo...não terei espaço se eu começar a questionar.

      Sindicato hoje, na maioria das vezes, é o sindicato do Patrão. NÃO É DO FUNCIONÁRIO.

      E, parabéns por questionar os professores seus e da sua filha. É assim que ele se sentirá acuado se não for bom o bastante e irá suprir suas carências de formação.



      Abraço e vamos torcer para que o CNG tenha a pauta respeitada, é uma pauta pela carreira docente.

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  24. A educaçao é um "mal necessário" não visão dos nossos governantes. A situação está ruím para o professores, mas muito pior para os TAs NS. Sou Eng. de uma IFE e após 3 anos de serviço meu salário é de R$ 3200,00 + 304 Vale alimentação + 96,00 saúde (o plano custa 200) , sem VT . Caso eu tivesse a titulação de Dr., não conseguiria ganhar igual á um técnico (nível médio) do judiciário e, até mesmo, de diversas carreiras de nível médio do executivo (ag. regulatórias, fazenda, etc.). Hoje percebe que as universidades são dos professores, em primeiro lugar e, depois, dos alunos. Há muitos professores ganhando entre 11000 e 18000 (portal da transparência), mas uma parte significativa é mal remunerada. Talvez, este seja um dos motivos para a completa desorganização administrativa das universidades, entre outros.

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  25. Olá,

    Primeiro, em que são baseadas essas previsões inflacionárias? Sinceramente, me parecem muito altas.
    Segundo, vou usar uma frase do texto, acrescentando algumas pequenas modificações: "Como exercício de fixação, façamos cálculos análogos com o salário mínimo, que é referência para a MAIORIA da população brasileira. Primeiro mostre que os atuais R$622,00 são realmente maiores que os R$510 de julho de 2010. Agora a pergunta capciosa, se o governo anunciasse hoje que o salário mínimo sofreria aumentos deconsecutivos em 3 parcelas chegando a R$ 700,00 em julho de 2015, você [VOCÊ, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO] aceitaria? Resolvam e tragam para a próxima aula. Por hoje é só."

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