sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Continuamos em Greve na UFG e a Ata será postada nesse final de semana


A Assembleia Geral da UFG deliberou pela continuação da greve.
A Ata será publicada aqui o mais tardar até domingo.
Só lembrando: 


10 comentários:

  1. Felicito meus colegas de trabalho pela decisão. É preciso ter dignidade para conquistar com legitimidade.

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  2. Não deixem quem está fora disso sofrerem as consequencia de suas escolhas, ou seja, os alunos que infelizmente continuam sem aula :(

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    1. Quem está fora disso deve entrar imediatamente, até mesmo para manifestar sua posição, a favor ou contra. Reacionários de plantão nunca têm, na verdade, coragem de dar a cara à tapa. Esta é, na verdade, a face desse sindicato "fake" que nós sustentamos com nossas contribuições mensais! As conquistas nunca ocorrem a partir das atitudes comodistas e conservadoras daqueles rezam a cartilha do politicamente correto governamental. Sr. Pimenta, quem não vai à assembléia, aceita o que ela decide. Além disso, o DCE e os estudantes de Pós-Graduação apóiam o movimento, conforme explicitamente expresso por eles mesmos na assembléia de hoje. Então, deixa de onda! Só está fora disso, quem não quer entrar e muito menos enxergar o que está acontecendo!

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    2. Verdade!! Eu como aluna e representante de grande parte da minha unidade acadêmica nos posicionamos a favor da greve. Sim...infelizmente para haver conquistas, muitas vezes, é preciso haver perdas. Ou a sociedade revolucionária anterior a minha ficou com medo de perder um semestre letivo?! Foram até presos e outros mortos. Fico indignada e envergonhada de ver como os adultos/jovens atuais são acomodados e pior... pensam que o mundo gira ao redor do próprio umbigo! Que egoísmo pensar em SUA aula, SEU conhecimento, SEU semestre letivo, SUA formatura, enquanto que outros universitários (inclusive professores) sobrevivem e produzem conhecimento em condições nada favoráveis. Ainda mais egoísta é esquecer que SEU FILHO poderá fazer parte de uma universidade dessas, ou você vai ter orgulho de dizer que paga um boleto de no mínimo 600 reais por mês para seu filho NÃO PASSAR POR UMA GREVE!?!? Pensem!

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  3. Esta greve cada vez me deixa com algumas "pulgas" de trás das orelhas. Pois, primeiro as universidades federais tem como fundamento Ensino-Pesquisa-Extensão. Por quê não estão paralisados Ensino-Pesquisa-Extensão? E que eu saiba só ensino esta em greve as pequisas continuam normalmente. Que coisa estranha? Se é para fazer uma coisa que faça organizada e que todos tenham prejuízos e benefícios.
    Segundo Proifes, Andes e Sinasefe, são os representantes sindicais da categoria. Que agora esta rachada a Proifes já assinou a contraproposta do governo, a Andes e Senasefe não aceitaram. Em votação online os professores sindicalizados a Proifes da UFG decidiram que assinasse o acordo com o governo 74% e 76% concordaram com o término da greve após a assinatura do acordo.

    Concordo plenamente com a greve é direitos dos trabalhadores que se sentem prejudicados. So que os alunos ficam com cara de palhaços? Se quer fazer alguma coisa que façam de maneira organizada e clara. E não de manobra política.

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    1. Física por toda vida --- fez a leitura do gráfico apresentado? Fez a leitura de um documento divulgado aqui mesmo nesse blog sobre o Acordo da Diretoria e CLG de que todas as decisões sobre a greve seriam tratadas em Assembleia Geral? Fez a leitura da moção de apoio dos alunos da pós-graduação? A pós é pesquisa.

      Eis um texto para reflexão na segunda postagem que eu, Cleiry, farei para tentar responder sua questão.

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    2. A greve do ensino público e as engenharias
      Publicado por LUTA PELA EDUCAÇÃO em 30 julho 2012 às 15:00 em EDUCAÇÃO
      Exibir tópicos Ibase - [Felipe Addor] Engenheiros deslocados da realidade de seu país, avessos às lutas dos trabalhadores e preocupados com seu próprio umbigo. Esses são os profissionais que queremos formar nas universidades públicas brasileiras?
      Afinal, em que mundo vivem os cursos de engenharia das universidades públicas brasileiras?
      Na minha primeira greve como professor, tive a oportunidade de ver de outra perspectiva o mundo em que vivemos no ensino de engenharia em uma universidade pública. O que se vê é um retrato da formação que nossos estudantes recebem.
      Após alguns dias acompanhando o vigor do movimento, resolvo aderir à greve. A essa altura, mais de 40 universidades públicas já estavam em greve. Reuniões, assembleias, mobilizações, passeatas, movimentação virtual; todos na luta por uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Enquanto isso, no Reino da Tecnologia, a movimentação é quase nula. Ninguém sabe, ninguém fala, ninguém vê. Estacionamentos lotados, salas de aula cheias, restaurantes com as tradicionais filas.
      Resolvi fazer uma última aula de debate sobre a greve. Nas trocas de ideias e argumentos, três questões subjetivas se destacam. Primeiro, a completa alienação sobre a situação. Para eles, que viviam naquela redoma tecnológica, nada estava ocorrendo; ou, pelo menos, nada que lhes dissesse respeito. "Professor, essa greve não vai dar em nada, quase ninguém está participando, só tem meia dúzia de professores". Independente da posição dos professores das engenharias, é impressionante a capacidade de isolar seus alunos do mundo externo, do mundo real.

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    3. continuação:



      Segundo, a aversão às lutas dos trabalhadores. Embora essa palavra não tivesse saído em nenhum momento da boca dos estudantes, a clara impressão é que, na cabeça deles, grevistas são baderneiros, comunistas, preguiçosos; isto é, gente que não está a fim de trabalhar e que busca, por meio da greve, conquistar ainda melhores salários, mordomias; "esses professores querem que não haja avaliação para que subam na carreira e pedem melhores salários" (numa clara interpretação distorcida da proposta de novo formato de avaliação levada ao governo pelo Andes). Ou seja, estamos formando profissionais com a visão do patrão, do capital, em oposição ao trabalhador.
      Terceiro, e mais pesado, é o enorme individualismo presente. Na verdade, é um individualismo burro, pois é imediatista. Preocupados com seus estágios, suas promessas de efetivação, suas possíveis oportunidades de concurso, suas viagens de férias, seus intercâmbios para a Europa, os alunos sequer consideram como algo relevante para suas vidas a luta por uma universidade pública decente, estruturada, de qualidade. É recorrente o argumento: os alunos são os únicos prejudicados, são as grandes vítimas das greves. Mentira, pois são os que mais se beneficiarão, no longo prazo, dos seus frutos. Não é preciso destacar que os avanços na estrutura e qualidade do ensino público superior (assim como as principais conquistas de lutas das classes trabalhadoras no mundo) são resultados unicamente das lutas travadas anteriormente (resumo das reivindicações e resultados das greves desde 1980).
      O mais triste dessa última constatação é a consciência de que essa percepção individualista e imediatista é apenas o reflexo do raciocínio, da postura, dos ensinamentos da maioria dos professores dos cursos de engenharia em uma universidade pública. A corrente de vitimização dos alunos enquanto maiores prejudicados com a greve rompeu-se quando uma aluna disse: "eu defendo a greve, pois eu quero que, daqui a vinte anos, meu filho possa ter a oportunidade que eu tive de estudar de graça num dos melhores cursos universitários do Brasil". O silêncio que se seguiu escancarava como aquela reflexão simples, ainda individualista, mas numa perspectiva inteligente, de longo prazo, foi um choque na estrutura de pensamento daqueles jovens e promissores engenheiros.
      Engenheiros deslocados da realidade de seu país, avessos às lutas dos trabalhadores e preocupados com seu próprio umbigo. Esses são os profissionais que queremos formar nas universidades públicas brasileiras?
      Felipe Addoré professor do Departamento de Engenharia Industrial da UFRJ (Centro de Tecnologia), onde se formou em Engenharia de Produção. É fundador e pesquisador do Núcleo de Solidariedade Técnica da UFRJ (SOLTEC/UFRJ).

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  4. Esse pontos que levantaram sobre:gráfico apresentado e o Acordo da Diretoria e CLG de que todas as decisões sobre a greve seriam tratadas em Assembleia Geral, esta certo.
    Agora falando do apoio dos alunos da pós-graduação é importante concordo. E não sou tão hípocrita de não saber que a pós-graduação realiza pesquisa. Nossa eu pensava que ele faziam apenas a continuação da Graduação a reprodução de conteúdo, um ensino baseado no Modelo Didático-Pedagógico Tradicional.

    Pois, voltando as universidades federais tem como fundamento Ensino-Pesquisa-Extensão. É só o ensino esta com as ações paralisadas. E me falam que recebem apoio dos alunos da pós-graduação. Por quê as atividades da pós-graduação não estão paralisadas?. Núcleos de pesquisa mantém atividades e os calendário de bolsas e entrega de resultados não mudaram?. Eu trabalho com pesquisa viu.

    Mais uma vez concordo plenamente com a greve é direitos dos trabalhadores que se sentem prejudicados. Os únicos prejudicados nesta greve são os alunos de Graduação. Só quem ficam com rostos de palhaços são os alunos? Se quer fazer alguma coisa que façam de maneira organizada e clara. E não manobra política.

    Uma greve séria tinha quer ter os três pilares juntos Ensino-Pesquisa-Extensão ou será que os cursos de Pós-graduação das Universidades Federais estão em ótimo estado é só o ensino esta uma porcaria? Vocês estão muito confusos. É mais curioso essa greve teria que acontecer logo em ano de eleições aqui no Brasil é foda, pensam só no individualismo e não no conjunto. Agora me explique por favor: Por quê as atividades da pós-graduação não estão paralisadas?

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    1. Física, as respostas a sua questão sobre os prejudicados, estão aqui: http://greveufg.blogspot.com.br/2012/07/quem-sao-os-culpados-pela-greve.html

      E, quanto as atividades da pós, por favor, nos informe quais unidades na UFG que não estão paradas para que os conselhos responsáveis tenham acesso.

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