segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

I SEMINÁRIO DO FÓRUM DE MOBILIZAÇÃO DOS PROFESSORES DA UFG: AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NA UFG


I SEMINÁRIO DO FÓRUM DE MOBILIZAÇÃO DOS PROFESSORES DA UFG
AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NA UFG
O que:
Seminário Sobre Condições de Trabalho na UFG
Onde:
Auditório  da Faculdade de Educação
Quando:
29/01, 19:00
Estrutura do evento:
Momento 1: Apresentação sobre as Condições de Trabalho no Brasil e na UFG
·       Angela Mascarenhas (FE)
·       Augusto Vieira/Alexandre Aguiar (CCG)
·       Cássio Tavares (FL).
Momento 2: Depoimentos e relatos sobre condições de trabalho:
·       Docentes das diversas unidades da UFG
Momento 3: Debate aberto
Por que é necessário discutir as condições de trabalho?

            Observamos nas universidades públicas federais um processo de expansão muito intenso que se inicia com o Programa de Expansão Fase I (2003-2006) e tem continuidade com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (2007-2012) – REUNI. Esse processo tem representado no cotidiano das universidades a intensificação e precarização do trabalho docente e técnico/administrativo.
            O tamanho da expansão e a forma como tem ocorrido, realmente assustam. É preciso destacar que a mesma tem se dado com uma diferenciação no nível de intensificação, chamando atenção o aumento exacerbado das universidades do interior. O processo de interiorização e o aumento dos cursos noturnos e das licenciaturas marcam a expansão desde a fase I (em 2003), tendo continuidade com o REUNI.
Vale apresentar alguns dados sobre o crescimento do número de vagas nos cursos de graduação presencial em algumas universidades entre 2006 e 2010 para ilustração: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – 35%; Universidade Federal do Rio de Janeiro – 43%; Universidade Federal de Goiás – 73%; Universidade de Brasília – 86%; Universidade Federal de Campina Grande – 170%; Universidade Federal de São João Del Rei – 223%; Universidade Rural do Semi-Árido – 253%; Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – 277%; Universidade do Triângulo Mineiro – 313%.
Estes são dados apresentados no Relatório de Acompanhamento do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) produzido pela ANDIFES em 2010. Os números da expansão são astronômicos, especialmente nas universidades do interior e, não por acaso, a precariedade nestes campi adquire proporções astronômicas, tal como ocorre aqui mesmo na UFG nos campi de Cidade de Goiás, Jataí e Catalão.
As dificuldades inerentes ao processo de expansão já estavam apontadas em Relatório do próprio MEC desde o início de sua implantação. No Relatório “REUNI 2008” publicado pelo MEC são destacadas dificuldades de contração de docentes, de oferta de cursos noturnos e de disponibilização dos espaços físicos devido a atrasos nas obras. No tocante a dificuldade de contratação de docentes, nós professores temos pagado um preço muito alto: além da precarização, temos vivido a intensificação de nosso trabalho, que se expressa no adoecimento e na multiplicação de problemas de saúde.
Vale ressaltar que o movimento grevista de 2012 teve como bandeira fundamental a garantia de melhores condições de trabalho, incluindo aí um plano de carreira mais adequado. O Plano de Carreira sancionado pelo governo federal em 31/12/2012 contém vários problemas como, por exemplo: a flexibilização da DE e a remuneração por projetos.
Além disso, não foi estabelecido até hoje um plano e um cronograma para a solução dos problemas relacionados às condições de trabalho. É fundamental continuarmos mobilizados e lutando por melhores condições de trabalho, elemento imprescindível para a garantia de uma educação de qualidade. Por isso, é muito importante a participação dos professores neste I Seminário do Fórum de Mobilização dos Professores que discutirá sobre as condições de trabalho na UFG.
Professores e Professoras, venham discutir e analisar suas condições de trabalho!