sexta-feira, 29 de junho de 2012

Nota sobre publicação no "Portal do Servidor"


 Prezados Professores,

O Comando Local de Greve da UFG vem, por meio deste, informar que, em Assembleia Geral dos Professores da Universidade Federal de Goiás, realizada no dia 27/06/2012, foi aprovado e deliberado que a publicação das notas dos alunos é uma atividade que deve ser paralisada em decorrência da greve.
Neste sentido, solicitamos a todos os professores que não publiquem suas notas no Sistema Acadêmico através do “Portal do Servidor” e que não divulguem estas notas de maneira extraoficial.

Atenciosamente,
Comando Local de Greve / UFG
         Goiânia, 28/06/2012

4 comentários:

  1. Vexatória esta decisão e mais absurdas, ainda, são os frequentes argumentos "criados" para se atrair a empatia da comunidade em geral para a única causa que de fato é verdade: o aumento nos salários. Estão, com isso, atraindo a antipatia de todos e chegará o momento em que movimento estudantil algum caminhará junto a quaisquer demandas de professores.

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  2. Caro José,

    já que você lê o blog, recomendo a leitura do Comunicado nº 2. Ao lê-lo você saberá as razões da greve e saberá ainda que o professor não está em greve porque tem preguiça de trabalhar, mas sim para ter condições de trabalhar. E aí a questão é a carreira docente e para isso haverá debate (acompanhe a agenda) na sexta-feira, às 8h30, na FE/UFG. Saudações Grevistas, Secretaria/CC.

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  3. Não foram os motivos apontados em seu "comunicado numero 2" que estavam na pauta de negociação entre Andifes e Governo Federal. Não estou/sou contra o legítimo direito à greve de trabalhadores, sejam eles de quaisquer áreas. O que coloco é a maneira de se apresentar dados cuja origem não esteja contemplada naquilo pelo qual fora deflagrada a greve. Transparência estaria, em minha opinião, na ordem do dia do movimento, porém a forma como estão sujeitando a mobilização leva-me a reconsiderar esta premissa. Saudações Acadêmicas...

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  4. Caro José.

    É preciso esclarecer que a Andifes é composta apenas dos reitores das universidades federais, e representa os dirigentes das universidades, mas não o movimento docente. A representação nacional do movimento docente se dá por três entidades, duas se nos restringirmos ao Magistério Superior: a PROIFES-Federação e o ANDES-Sindicato Nacional, que se sentam ambas à mesa de negociação com o governo, levando pautas diferentes de reivindicações.

    Aí chegamos ao centro dos seus comentários: Se você comparar as duas pautas, você verá que, de fato, a questão salarial é predominante na pauta da Proifes. Nela a questão da precarização das condições de trabalho não é posta e a reestruturação da carreira difere pouco, na essência, da proposta do governo.

    Já a pauta do Andes-SN tem alcance muito maior. Inclui a melhoria da infraestrutura na expansão da universidade, a reformulação do projeto de reestruturação universitária para garantir a qualidade, os corretos princípios organizadores não só da carreira, mas da própria atividade acadêmica. É verdade que nenhum de nós professores quer ser mal pago; mas na pauta do Andes-SN, o salário é só a ponta do iceberg.

    Ocorre que o movimento docente nacional tem sido capaz de distinguir corretamente a diferença entre essas propostas, e optar corretamente entre elas. Tanto que mesmo universidades que eram mais próximas do Proifes têm se inclinado, nesta greve, para as posições defendidas pelo Andes-SN --- é o caso da UFC, da UFMG e da UFG, por exemplo, que manifestaram-se favoráveis à participação no Comando Nacional de Greve, que trabalha com a pauta do Andes, e que agora também participa das negociações. Das 56 Universidades em greve, apenas umas três ou quatro não estão de alguma maneira ligadas ao CNG.

    No caso específico da UFG, nossa pauta, aprovada em Assembleia Geral dos professores, tem como pontos principais o investimento público na educação pública de qualidade, condições adequadas de trabalho, e um plano de carreira condizente com os princípios da autonomia científica e administrativa das Universidades, da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, da qualidade da produção acadêmica como meta, e não a quantidade. Nossos representantes no Comando Nacional de Greve têm levado a ele nossas reivindicações --- inclusive relativas a pressões no Congresso Nacional para alterações no PNE e na Medida Provisória 568. E o CNG tem atuado fortemente no Congresso, com resultados já aparentes, embora ainda não definitivos.

    A verdade é que, de fato, todos os pontos que você encontrou no Comunicado 002 do CLG da UFG Goiânia estão sim na pauta de negociações com o governo, e serão defendidos com veemência pelos negociadores do Comando Nacional de Greve, em nosso nome e em nome de todas as outras universidades que nele têm representação.

    Saudações grevistas,
    Cássio
    pelo Comando Local

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